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Empreendedora do litoral de SP leva marca brasileira para desfile durante NY Fashion Week
12/02/2024
Camila Araújo é dona de marca Chinua, que faz roupas e acessórios com tecido africano. Produto da marca participou do 'Desfile da Diversidade', promovido pelo Consulado-Geral do Brasil. Marca de Camila Araújo (à esquerda) será representada por meio da peça Puffer (à direita), produzida com tecidos originais provindos da África.
Arquivo Pessoal
Uma empreendedora e artesã de Guarujá, no litoral de São Paulo, teve uma peça de sua marca exposta em um desfile realizado durante a New York Fashion Week (NYFW), nos Estados Unidos. Ao g1, Camila Araújo explicou que o evento foi organizado pelo Consulado Brasileiro e é uma ótima vitrine para o trabalho realizado por artesãs da Baixada Santista.
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“É gratificante, é uma sensação eufórica. [...] Quando eu vi o meu nome ali na divulgação, fiquei com uma felicidade que não dá para medir", afirmou em entrevista ao g1.
A peça escolhida para representar a marca Chinua é uma puffer, que, segundo Camila, pode ser descrita como "uma jaqueta fofinha". A roupa, assim como os outros itens da marca, é feita a mão por uma equipe de mulheres artesãs da Baixada Santista, com tecidos originais vindos do continente africano.
O 'Desfile da Diversidade' reuniu peças de diversas empreendedoras brasileiras, pois o objetivo do evento realizado na sede do Consulado-Geral do Brasil na cidade americana é incentivar pequenos negócios de mulheres e destacar a riqueza da moda brasileira, em uma semana onde milhares de especialistas no setor estarão em Nova York.
Esse é o segundo desfile internacional que contou com a marca Chinua. O primeiro foi na Colômbia em agosto de 2023. A empreendedora contou que um de seus sonhos era abrir uma loja no Aeroporto de Guarulhos (SP) para que os produtos fossem vistos por pessoas de todo o mundo.
Para ela, o desfile na NYFW é uma forma de realizar esse desejo. "Vai trazer uma visibilidade enorme para minha marca.[...] Acredito que, como a Colômbia me trouxe grandes frutos, Nova York vai me trazer bons frutos também".
Puffer é feita a mão por uma uma equipe de mulheres artesãs locais produzem para a marca
Divulgação
História da marca
Formada em Gastronomia, Camila contou que iniciou a marca que não tinha a ver com a faculdade em 2015, quando estava em processo de transição capilar e não encontrava acessórios que a representassem.
"Iniciei com a revenda [de acessórios] de uma marca menor, então eu comprava e revendia peças de uma outra marca e comecei a produzir algumas peças também", explicou.
No início, Camila fazia a identidade dos produtos pintando brincos em MDF até que contratou um designer para criação de peças exclusivas. "Iniciei pintando também essas peças exclusivas, de repente encontrei o tecido africano e me apaixonei. E, desde então, nunca mais larguei", enfatizou.
Camila Araújo criou a marca Chinua em 2015.
Arquivo Pessoal
A marca Chinua passou a vender brincos, colares e anéis. Aos poucos, também passou a produzir acessórios para cabelo, como turbantes e faixas. Nesse meio tempo, Camila também investiu no autoconhecimento e fez um curso de corte e costura para começar a pensar na produção de roupas.
Há dois anos, ela fez uma parceria para montar jaquetas com tecidos africanos e implementou as roupas na marca com colaboração de artesãs e costureiras da Baixada Santista.
Segundo ela, a oportunidade para o desfile de Nova York surgiu após participar de um festival na Colômbia, pois conheceu pessoas que a apresentaram um e-commerce do qual passou a fazer parte. Por meio dele, Camila conheceu a representante de uma empresa que faz a curadoria para o evento.
"Ela faria a curadoria e se passasse na seleção lá com eles [de Nova York], ela levaria e foi isso que aconteceu. A peça foi selecionada, eu fiquei bem eufórica porque nem imaginava", comemorou.
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